O Capão Redondo recebe, nos dias 22 e 23 de maio, o projeto Pernaltas, da Trupe Baião de 2. A ação une apresentações da arte circense com oficinas formativas gratuitas, valorizando a perna de pau como elemento artístico, cultural e lúdico. A proposta, que já passou por São José dos Campos e Franco da Rocha, chega agora à zona sul de São Paulo com o objetivo de aproximar o público da arte do circo contemporâneo.

Perna de pau como território de memória e criação

Com mais de uma década de atuação, a Trupe Baião de 2 aposta em um repertório que mistura coreografias coletivas, acrobacias e técnicas de portagem (mão a mão). Além disso, sete artistas compõem o elenco, que inclui diferentes faixas etárias e experiências. Dessa forma, o grupo constrói um espetáculo que parte da ancestralidade da perna de pau, passa pelos quintais e terreiros do Brasil, atravessa o carnaval e chega à linguagem técnica da arte circense contemporânea.

A encenação é guiada por um roteiro que percorre territórios simbólicos onde a perna de pau está presente. A montagem trata esse objeto como um brinquedo que atravessa gerações, mas também como ferramenta artística de criação e resistência. Segundo Rachel de Boa, integrante do grupo, o espetáculo desperta memórias afetivas e propõe novas conexões com o público, misturando tradição e inovação.

Formação, acessibilidade e inclusão no centro do projeto

Além das apresentações, o Pernaltas oferece duas oficinas abertas ao público. Por um lado, a “Vivência com perna de pau”, voltada para iniciantes, utiliza brincadeiras e atividades em duplas como ponto de partida. Por outro, a oficina “Variações na perna de pau” é pensada para artistas com experiência e tem foco técnico. Ambas, por fim, contam com acompanhamento de intérpretes de Libras e equipe capacitada para atendimento inclusivo.

Espetáculo Pernaltas

Fábrica de Cultura Capão Redondo – Rua Bacia de São Francisco, s/n
22 de maio – 10h e 14h30
23 de maio – 10h
Entrada gratuita | Capacidade: 100 lugares

As atividades são gratuitas e abertas à comunidade. Portanto, para quem vive na quebrada e quer se aproximar da arte de forma coletiva, Pernaltas é mais que espetáculo: é encontro, formação e vivência.