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Coletivo Corja Lírica: A arte que Resiste e Reinventa a Cidade

Coletivo Corja Lírica

Coletivo Corja Lírica: A arte que Resiste e Reinventa a Cidade

O Coletivo Corja Lírica nasce do embate entre o que é marginalizado e o que é essencialmente poético. O nome carrega essa dualidade: “Corja”, remetendo ao que é visto como excluído, e “Lírica”, evocando a arte que persiste, resiste e se refaz no cotidiano. Seus integrantes são artistas que transformam a cidade em tela, o improviso em potência e a criação em uma necessidade urgente.

Sem contratos, sem patrocínio, sem pedir licença, a Corja Lírica acontece. A arte do coletivo ocupa muros e vielas, denuncia e sonha, ecoa em tinta, palavra e movimento. Para eles, o que é visto como desvio é, na verdade, caminho.

Os nomes por trás da Corja Lírica

Cada integrante do coletivo carrega uma trajetória única, marcada pela força da criação e pela vivência nas periferias de São Paulo.

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Senhora Briza, 22 anos, cresceu em Santo Amaro e desenha desde a infância. Começou a customizar roupas aos 15 anos e encontrou no grafite a chance de fazer algo grande na vida. Hoje, além de grafiteira, dá oficinas e participa de ações comunitárias e revitalizações. Sua arte é uma mistura de espiritualidade, imaginação e transcendência.


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Isabela Aquino (Gnomo), 21 anos, é uma das poucas mulheres que grafitam em Franco da Rocha, onde homens dominam a cena do graffiti. Com sua arte, busca abrir espaço para mais mulheres no movimento hip-hop e tem impacto direto nas jovens de sua cidade.


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Carolina Sobral, 35 anos, vê os muros da cidade como verdadeiras galerias culturais. Como artista urbana e arte educadora, acredita que as paredes da cidade gritam histórias que muitos tentam calar, mas que permanecem vivas na memória coletiva.


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Dasnuvens, 30 anos, mora em Perus e é mãe, artista grafiteira, colagista, performer, educadora social e produtora cultural. Além disso, atua como doula e artesã têxtil. Sua arte, que cruza diversas linguagens, reflete sua experiência como mulher LGBTQIAP+ nas margens da cidade.


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Azure, artista urbano não binário de 24 anos, começou sua trajetória em 2021 com o propósito de quebrar estereótipos e lutar por equidade no mundo artístico. Suas obras misturam questões sociais, espiritualidade e ancestralidade. Além de grafiteire, é designer, ilustrador digital e customiza peças únicas. Já teve suas criações expostas na ExpoFavela e trabalha em ações comunitárias e oficinas voltadas para crianças.

A arte como resistência

A Corja Lírica não apenas ocupa os espaços urbanos com arte, mas também fomenta educação, pertencimento e transformação. Seus integrantes ensinam, revitalizam e inspiram novas gerações, especialmente nas periferias. Para eles, o grafite vai além da estética – é uma ferramenta de comunicação, denúncia e reconstrução de narrativas.

Enquanto a cidade expulsa e silencia, a Corja Lírica responde com cor, palavra e presença. Afinal, como dizem: “O que para uns é desvio, para nós é caminho.”

Jornalista e fundadora do Potência Periférica, atua com comunicação periférica há mais de 11 anos, iniciou o trabalho em Paraisópolis com assessoria de imprensa e produção cultural.

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